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Babilônios



O povo Amorita de origem na região sul do deserto árabe, migrou para a o sul da Mesopotâmia e ocupou a cidade da Babilônia.
As disputas entre Babilônia(Sobe governo amorita) e as demais cidades-estados mesopotâmicas, além de outras ondas invasoras, resultaram numa luta quase ininterrupta até o século XVIII a.C., quando Hamurábi, rei da babilônia, que reinou entre os anos de 1728 a 1686 a.C., realizou a completa unificação, conseguindo dominar toda a região, desde a Assíria, na Alta Mesopotâmia, até a Caldéia, no sul, fundando o primeiro Império Babilônico. Rapidamente, a capital babilônica transformou-se num dos principais centros urbanos da Antiguidade, sediando um poderoso império e convertendo-se no eixo cultural e econômico da região do Crescente Fértil.



Hamurábi, um dos principais reis babilônicos.


Primeiro Império Babilônico




Durante o seu governo centralizador e autoritário, Hamurábi desenvolveu a cidade de Babilônia(que até então, era uma pequena cidade do Eufrates), que se transformou na capital de seu império e em um dos mais importantes centros urbanos e comerciais da Antigüidade. Além disso, Hamurábi foi responsável por um importante conjunto de leis talhadas em um monumento de pedra conhecido como o Código de Hamurábi ou Lei de Talião. Esse instrumento jurídico, de forma geral, determinava a execução de penas que se igualassem aos prejuízos causados por algum delito, falha ou acidente.

Hamurábi também empreendeu uma ampla reforma religiosa, transformando o deus Marduk, da Babilônia, no principal deus da Mesopotâmia, mesmo mantendo as antigas divindades. A Marduk foi levantado um templo ao qual foi erguido o zigurate de Babel, citado pelo livro de Gênesis como uma torre para se chegar ao céu.

Mesmo consolidando esse conjunto de leis e conduzindo o crescimento e a prosperidade do Império Babilônico, após a morte de Hamurabi, o império entrou em decadência principalmente por causa das rebeliões internas e novas ondas de invasões, como a dos hititas e a dos cassitas. A desorganização do Império Babilônico promoveu o surgimento de vários reinos menores rivais, propiciando a ascensão dos assírios, a partir de 1300 a.C.
No ano de 1300 a.C., os assírios foram responsáveis por subjugar todos os reinos que outrora eram dominados pelos babilônicos.


Somente no século VII a.C., a queda dos assírios em 612 a.c., mediante as investidas dos caldeus e medos possibilitou o reavivamento do Império Babilônico. Durante o governo de do Caldeu Nabucodonosor, a civilização babilônica viveu um período marcado por grandes conquistas militares e a execução de diversas obras públicas. Foi nessa época que os famosos Jardins Suspensos da Babilônia foram construídos, que figuram entre uma das principais construções arquitetônicas do Mundo Antigo.

Além disso, foi no governo de Nabucodonosor que os hebreus foram escravizados pelos babilônios. Esse episódio é marcado dentro da cultura judaica como o período do Cativeiro da Babilônia. Após a morte de Nabucodonosor, os persas realizaram a invasão da Babilônia.Arte


A civilização babilônica atingiu seu apogeu, depois da reconstrução da cidade por Nabucodonosor II, que reinou de 605 a 562 a.C. e transformou a Babilônia em uma das maiores cidades da Antiguidade.




Possivelmente ele foi o responsável pela construção dos conhecidos Jardins Suspensos – terraços elevados, irrigados pelas águas do Rio Eufrates.




Outra preciosidade babilônica são os “animais-humanos”, principalmente leões com asas de águia. Este leão alado, muito encontrados nos objetos artísticos, é um verdadeiro símbolo deste povo. Eles são vistos com frequência, nas pinturas, em combate com o deus protetor da cidade, Marduque. Alguns profetas associam o Rei Nabucodonosor com imagens semelhantes. O leão, rei dos animais, e a águia, que governa os pássaros, simbolizam o apogeu do império babilônico, o poder e a glória. Os “animais-humanos” são assim chamados porque, no Antigo Testamento, no qual são muito mencionados, eles são descritos como entes fantásticos com expressões humanas e corpos de animais. Muitas passagens abordam estas figuras, também conhecidas como “quatro gênios”. O aventureiro Henry Layard, ao analisar esta região, encontrou a primeira destas estátuas, construídas há milhares de anos. Foi necessário recorrer ao esforço de mais de trezentos homens para erguê-la do veículo no qual havia sido transportada, tamanha a sua grandiosidade.

A relação entre as citações da Bíblia e estas descobertas revelam que estas obras detinham um profundo significado para esses povos ancestrais, mas não há um consenso sobre ele. Alguns afirmam que estes seres eram deuses dos assírios, portanto protegiam os palácios reais. Outros pesquisadores asseveram que as estátuas são mais antigas e talvez remontem às construções dos sumerianos, assumindo assim um teor espiritual.




A arquitetura babilônica tem sua melhor definição na observação da Porta de Ishtar, edificada provavelmente em 575 a.C., uma imponente estrutura de tijolos recoberta de esmalte, a mais majestosa das oito portas que eram usadas como entrada para a Babilônia. Ela hoje se encontra no Museu Staatliche, na ex-Berlim Oriental. Os Jardins Suspensos também são um exemplo da riqueza arquitetônica característica desta cultura. Alguns dizem que foram construídos para consolar a esposa dileta de Nabucodonosor II, Amuhea, saudosa de sua terra natal, a Média. Infelizmente, não resta nenhum sinal concreto dos jardins. Eles são conhecidos através das detalhadas descrições de historiadores gregos, como Berossus e Diodorus, embora também estes não os tenham visto pessoalmente. Arqueólogos trabalham incansavelmente para encontrar vestígios que indiquem efetivamente sua localização.

Religião



Marduk.

Durante o seu segundo império, Marduk foi considerado o maior deus nacional. Porém em todos os períodos sempre se acreditou em milhares de demônios invisíveis que espalhavam o mal e cegavam os homens. Suas características gerais eram:

· Politeísmo;
· Desprezo pela vida além-túmulo;
· Crença em gênios, demônios, heróis, adivinhações e magia;
· Sacrifício de crianças e praticas de orgias sexuais.

Para eles, os gênios bons, ajudavam os deuses contra os malignos demônios, contra as enfermidades e a morte. Os seres mortais viviam a procura de saber a vontade dos deuses, manifestada em sonhos, eclipses e o movimento dos astros. E deram origem a astrologia.

Economia

A base da economia era a agricultura. A construção de canais era controlada pelo Estado. Utilizavam arado semeador, a carroça de rodas e a grade. Sua situação geográfica não lhes era propícia, pois eram escassas as suas matérias-primas, o que favoreceu os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores saíam para vender suas mercadorias e iam em busca de marfim (da Índia), cobre (do Chipre) e estanho (do Cáucaso).

As transições comerciais eram feitas à base de troca, e, em alguns casos, usavam-se barras de ouro e prata.

Política

Tanto o regime dos assírios quanto a dos caldeus era a monarquia absoluta. O poder estava centralizado nas mãos do rei, que também era o chefe militar, administrador, legislador supremo, sacerdote máximo e supervisor do comércio. A sociedade era hierárquica na seguinte sequência: o rei, nobres, sacerdotes estudados em ciências, comerciantes, pequenos proprietários e escravos.

A Babilônia tornou-se a maior cidade caldaica (o termo vem de "Caldéia" - a parte sul e mais fértil da Mesopotâmia, onde se localizava o Império. -) de toda a Ásia, graças ao seu extraordinário desenvolvimento no comércio. Após a morte de Nabucodonosor, o Império Caldeu declinou, a principal causa, a corrupção. O Império tendo se tornado sede de grandes riquezas e refinamentos, tornou seus governantes, sedentos de ainda mais luxo, fazendo-os se esquecerem de sua cidade, o que fez relaxarem suas defesas. Em 539 a.C. Ciro II da Pérsia aproveitou-se da situação da cidade e atacou-a, conquistando-a.

Períodos

O Império da Babilônia pode dividir-se em dois períodos distintos:
. o primeiro iniciou-se no ano 1.728 a.C. e finalizou em 1.513 a.C.,;
. o segundo foi de 614 a.C. a 539 a.C..


Fonte: Povos da Antiguidade